Pelo meu itinerário profissional-prático em gestão universitária ao longo de anos em diferentes funções administrativas na educação superior, bem como nas diversas experiências que venho acumulando em avaliação como consultor do INEP/MEC. Confere-se na minha trilha profissional um relevante papel social na educação na medida em que venho adotar uma postura de Avaliador da Educação Superior e de possível investigador científico neste contexto. Ao assumir consciência da necessidade de produção do conhecimentos sobre esses novos cenários e determinantes da educação do nosso país, me sinto chamado a participar desse debate e contribuir para enfrentar esses desafios que são colocados para a sociedade na atualidade. Na minha trilha profissional venho tecendo uma formação bem ampla generalista, com uma visão interdisciplinar, corroborando dessa forma com diversas disciplinas, e adquirido pluris conceitos que facilita a entender a dimensão e a compreensão nas complexidades humanas. O desafio de explicitar, e tornar práticos, os fundamentos epistemológicos que a sustentam, a partir de um rigoroso debruçar sobre a nova realidade emergente da crise da modernidade, em particular da crise do trabalho e da educação, de modo a bem definir quais são suas funções em atenção às demandas de uma sociedade que prima por humanização, por qualidade de vida, por justiça social e por sustentabilidade. Exige e imprime um conhecimento diversificado, interdisciplinar e de múltiplos conhecimentos científicos. Do ponto de vista epistemológico, a nova concepção humana se constrói a partir da compreensão que o conhecimento se produz a partir da prática e voltado para o enfrentamento das questões da prática, pela atividade humana, ao mesmo tempo individual e coletiva, mas sempre histórica. Como consequência, dada a sua inserção regional, tem como princípio orientador a articulação dialética entre regionalização e globalidade, comunidade e universalidade, diferença e igualdade, na perspectiva de sua permanente relação com a prática social, como forma de superação dos modelos que a crise de paradigmas tornou anacrônicos. É nessa visão que construo a minha de rede de leituras, o meu compromisso social com a produção e com a democratização do conhecimento. Partir para produção na Educação Superior legitima meu compromisso com meu país que deseja sair de sua condição de subdesenvolvimento, é fundamental questionar de que modo a Educação torna-se um espaço realmente democrático, na perspectiva de que o conhecimento que se produz dentro das IES possa dialogar com a riqueza de conhecimentos e de saberes que estão fora do mundo acadêmico. É preciso, portanto, analisar a realidade das IES, buscando pensar o sentido e a importância delas diante de um novo contexto político, em que cada vez mais a sociedade civil busca se organizar e defender um espaço público de debate e de criação de conhecimento. A autonomia, a geração coletiva de recursos e a descentralização do poder são palavras de ordem nesse novo discurso que se brota.